A Jornada da Padaria do Mosteiro de São Bento

Há muito tempo, no coração da cidade de São Paulo, erguia-se majestoso o Mosteiro de São Bento. Este local sagrado abrigava não apenas a Basílica Abacial Nossa Senhora da Assunção, mas também o Colégio de São Bento e a Faculdade de São Bento. Lá, cerca de 45 monges viviam dedicando suas vidas à tradição do “ora et labora,” oração e trabalho, além do estudo e da leitura. Entre esses monges, alguns tinham uma paixão especial: a arte da culinária.

No ano de 1998, quando os monges celebravam 400 anos de sua presença em São Paulo, uma ideia audaciosa nasceu entre eles. Inspirados por sua necessidade financeira e pelo desejo de manter viva uma tradição, eles decidiram abrir uma padaria no interior do Mosteiro. A “Padaria do Mosteiro” nasceu como um espaço discreto, mas repleto de sabores autênticos.

Os monges, conhecidos por seu estilo de vida contemplativo, uniram sua espiritualidade à arte da panificação. Com receitas de séculos de idade encontradas nos arquivos do mosteiro, eles começaram a produzir pães, bolos e biscoitos artesanais. Dom Bernardo Schuler, um dos monges, liderou essa empreitada, adaptando as antigas receitas de acordo com seu próprio paladar, resultando em uma alquimia única de sabores.

A padaria, além de ser uma fonte de sustento para o mosteiro, se tornou um ponto de encontro entre a tradição monástica e a modernidade da cidade. Os produtos, feitos com ingredientes de alta qualidade, eram caros, mas a qualidade e a autenticidade compensavam. Um dos produtos mais icônicos era o “Bolo dos Monges,” uma combinação de ameixa, damasco e vinho canônico, que se tornou uma referência da padaria.

Com o tempo, a aceitação dos paulistanos cresceu, e a Padaria do Mosteiro expandiu suas operações. Além do local no próprio mosteiro, abriram uma loja na sofisticada rua Barão de Capanema, nos Jardins. A tradição da padaria também encontrou espaço online, com entregas para todo o país.

Enquanto os monges trabalhavam na padaria, eles mantinham seu compromisso com a espiritualidade e a tradição monástica. Suas atividades culinárias eram uma extensão dessa devoção, uma expressão de sua conexão com o divino através da criação de sabores únicos. A Padaria do Mosteiro não era apenas um negócio; era um testemunho vivo da capacidade de adaptar tradições antigas ao mundo contemporâneo.

Hoje, os monges de São Bento continuam a escrever sua história, inspirando as pessoas não apenas com sua espiritualidade, mas também com os aromas e sabores que emergem de sua padaria. A cada pão, bolo ou biscoito, eles compartilham uma parte de sua jornada, lembrando a todos que a tradição e a inovação podem coexistir de maneira harmoniosa, assim como a espiritualidade e a culinária podem se entrelaçar para criar algo verdadeiramente excepcional.

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